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Segunda-feira, 27 nov 2023 - 10h17
Por Maria Clara Machado

Conheça o atual maior iceberg do mundo e que começa a se mover na Antártida

O maior iceberg do mundo atualmente, batizado de A23a, começou a se mover pelas águas da Antártida, depois de quase 40 anos preso no Mar de Weddell. Medindo mais que o dobro do tamanho da cidade de São Paulo, o A23a, tem aproximadamente 4 mil quilômetros quadrados, uma espessura de 400 metros e já está entre os maiores icebergs a surgir no continente antártico.

Iceberg A23a capturado em 24 de novembro de 2023 no Mar de Weddell, na Antártida. Crédito: Copernicus Sentinel-3/ESA
Iceberg A23a capturado em 24 de novembro de 2023 no Mar de Weddell, na Antártida. Crédito: Copernicus Sentinel-3/ESA

A história do A23a
O iceberg A23a se desprendeu da plataforma de gelo Filchner, na Antártida, em 1986, mas antes mesmo que pudesse se movimentar, voltou ficou preso no fundo do Mar de Weddell, permanecendo na região por mais de três décadas, como uma espécie de ilha de gelo.

Com a ajuda de imagens de satélites do Programa Copernicus, ligado à União Europeia, os cientistas puderam acompanhar os primeiros sinais de movimentação do A23a em 2020.

Uma aparente redução progressiva do seu tamanho, foi o que permitiu o gigante a perder a aderência ao fundo do oceano e começar a se mover, acreditam os cientistas da British Antarctic Survey (BAS).

Os cientistas terão agora o trabalho de acompanhar o rumo do A23a, que está ganhando velocidade. Uma sequência de recentes imagens de satélites, entre 19 de outubro e 24 de novembro de 2023, mostra a sua posição e o deslocamento.

Imagens de satélite mostram a movimentação do atual maior iceberg do mundo A23a nas águas do Mar de Weddell, ao norte da Península Antártica. Crédito: Programa Copernicus/ESA
Imagens de satélite mostram a movimentação do atual maior iceberg do mundo A23a nas águas do Mar de Weddell, ao norte da Península Antártica. Crédito: Programa Copernicus/ESA

A massa de gelo está no extremo norte da Península Antártica e se seguir o fluxo das águas do Mar de Weddell, impulsionado pelas correntes marítimas e os ventos, possivelmente terá o mesmo caminho das rotas históricas de icebergs na região. O A23a deve seguir pelo oceano Atlântico Sul em direção à Ilha Geórgia do Sul.

Sabe-se que a ameaça do iceberg encalhar nas proximidades da Geórgia do Sul pode gerar consequências e problemas de reprodução e nas rotas de alimentação dos milhões de pinguins, focas e espécies marinhas que habitam a região.

Por outro lado, os grandes icebergs têm sua contribuição aos organismos dos oceanos com a liberação de nutrientes minerais à medida que derretem, nos quais foram incorporados à composição do gelo, quando estes faziam parte das plataformas do continente antártico, explicam os cientistas.

Os gigantes da Antártida
O A23a entra para a lista dos maiores icebergs que se desprenderam do continente antártico.

Ainda assim, não desbancou os gigantes A68, que teve inicialmente cerca de 6 mil quilômetros quadrados em 2017, e o B15, o recordista até hoje, que atingiu aproximadamente 11 mil quilômetros quadrados quando surgiu no ano 2000.

Relembre:

Gigante iceberg A-68A está a 70 quilômetros da Geórgia do Sul

O que sobrou do iceberg A-76 é enorme e está flutuando na Passagem de Drake


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