Sábado, 22 abr 2023 - 18h35
Por Maria Clara Machado
Neste Dia Internacional da Mãe Terra, novos estudos da Organização Meteorológica Mundial (OMM) revelam o aumento alarmante dos efeitos das mudanças climáticas no globo. Os novos dados complementam o relatório do IPCC, divulgado em março.
Imagem ilustrativa. Terra vista do espaço por astronautas da ISS em 2014. Crédito: NASA O clima está efetivamente mudando e as transformações são reveladas nos recordes sucessivos de calor, no aumento do nível do mar e no aquecimento dos oceanos, afirma a OMM. A agência especializada das Nações Unidas (ONU) fez o novo alerta na sexta-feira, véspera do Dia da Terra, divulgando que os últimos 8 anos foram os mais quentes já registrados desde que começaram as medições modernas em 1850. O período de 2015 a 2022 incluiu três eventos consecutivos de La Niña e ainda assim é a sequência de anos mais quentes já registrada na história. Na última publicação da ONU, foi enfatizado que o agravamento das mudanças climáticas resultou em mais eventos de seca e inundações, assim como ondas de calor, situações ameaçadoras para a subsistência humana, causando insegurança alimentar a diversos países e obrigando a migração em massa. As perdas totais causadas por eventos climáticos extremos até outubro de 2022 foram avaliadas em US$ 30 bilhões, além de cerca de 8 milhões de pessoas que precisaram ser deslocadas internamente nos países afetados por enchentes. O secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, mais uma vez lembrou que as populações do mundo todo continuam sendo gravemente afetadas por eventos climáticos extremos. O chefe das Nações Unidas, Antônio Guterres, também fez novo apelo pelo corte urgente e mais drástico de emissões de gases de efeito estufa, na tentativa de limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C, comparado ao período pré-industrial. O relatório recente da OMM também destacou a importância de sistemas de alerta precoce a fim de minimizar os impactos do clima extremo. Assim, a tecnologia é apontada como a grande aliada para uma transição para a energia renovável.
A Organização Meteorológica Mundial afirma que os principais gases de efeito estufa, dióxido de carbono, metano e óxido nitroso, atingiram concentrações recordes em 2021 e possivelmente em 2022. Outro alarde é o derretimento das geleiras e o aumento do nível dos oceanos, que atingiram recorde no ano passado. O aumento do nível do mar ocorre não apenas pelo derretimento de geleiras e calotas polares na Groenlândia e na Antártida, mas também pelo crescimento do volume dos oceanos em razão do calor, diz o relatório da OMM. Como consequência às mudanças climáticas, a publicação da OMM também fala das alterações nos ecossistemas. As transformações no clima estão afetando e ameaçando inúmeras espécies ao redor do mundo. |
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