Segunda-feira, 12 jul 2021 - 08h32
Por Maria Clara Machado
A NOAA está investindo em parcerias com empresas de alta tecnologia a fim de explorar e assim proteger nossos grandes oceanos ao redor do globo. Uma das novidades anunciadas é o uso de drones oceânicos projetados para coletar dados meteorológicos de furacões já nesta temporada de 2021.
Drones como estes são projetados para operarem em situações extremas de ventos fortes a partir de 112 km/h e ondas acima dos 3 metros. Crédito: Imagem de divulgação Saildrone/NOAA
A caça aos furacões no Atlântico promete conseguir dados sob condições extremas no interior da tormenta. Anualmente, as áreas costeiras dos Estados Unidos sofrem com os furacões e danos em média de US$ 54 bilhões, sendo cada vez maior o desafio de prever a rápida intensificação de um fenômeno. Os cientistas querem entender os processos oceânicos que ocorrem à medida que a intensidade de um furacão aumenta. Coletar dados imediatamente antes e durante a evolução de um furacão será valioso para os pesquisadores da NOAA e os centros de previsão. A frota de drones, que lembram uma espécie de veleiro, passa a operar nesta temporada de furacões de 2021. O drone oceânico é o primeiro veículo robótico desenvolvido para entrar no olho de um furacão a partir do oceano e coletar dados meteorológicos e ambientais acima e abaixo da superfície do mar, resistente aos ventos intensos e as altas ondas durante a presença do furacão.
Serão coletados em tempo real dados como a temperatura do ar e umidade relativa, pressão barométrica, velocidade e direção do vento, temperatura da água e salinidade, temperatura da superfície do mar e altura e período das ondas. A missão de 2021 pretende realizar uma série de testes e amostragens para que futuramente a frota seja ampliada e possa conduzir um grande estudo de campo e observações de furacões. “A maior lacuna em nossa compreensão dos furacões são os processos pelos quais eles se intensificam tão rapidamente, bem como a capacidade de prever com precisão quão forte eles se tornarão. Sabemos que a troca de calor entre o oceano e a atmosfera é um dos principais processos físicos que fornecem energia a uma tempestade, mas para melhorar a compreensão, precisamos coletar observações durante uma tempestade e claro, isso é extremamente difícil devido ao perigo dessas tempestades”, explica o Dr. Jun Zhang, cientista da Divisão de Pesquisa de Furacões da NOAA e do Laboratório Oceanográfico e Meteorológico do Atlântico (AOML). |
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