Terça-feira, 16 abr 2024 - 11h59
Por Maria Clara Machado
A atividade sísmica aumentou significativamente nos Campos Flégreos, deixando moradores dos arredores e na província italiana de Nápoles, apreensivos novamente. Toda vez que a terra treme vem o temor que algo maior esteja se aproximando.
Imagem de satélite ilustrativa dos Campos Flégreos, na região de Nápoles, na Itália. A área passou por enxame sísmico há dois dias. Crédito: AlMare, NASA, Domínio público, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=959763 Isso porque, os Campos Flégreos, o supervulcão localizado na região da Campânia, em Nápoles, está na área do Monte Vesúvio, palco da erupção histórica, que dizimou a cidade italiana de Pompeia, na Antiguidade. Os Campos Flégreos são compostos por uma série de crateras e caldeiras, onde há presença de fumarolas e fontes termais, indicando atividade magmática abaixo da superfície. A região é constantemente objeto de estudo e continua sendo monitorada justamente por ser uma área densamente povoada e pelos possíveis impactos em Nápoles e nas áreas italianas habitadas ao redor do vulcão.
O sismo mais intenso atingiu a magnitude 3.7, seguido por outro de magnitude 3.1, às 9h44 e 9h46, respectivamente, segundo os dados do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV). Os tremores foram localizados na cratera de Solfatara, uma das mais conhecidas do supervulcão e que há dez dias também registrou um aumento de atividade sísmica. A sequência de abalos foi sentida nos municípios na zona do vulcão, em Nápoles, Chiaia e na orla marítima, principalmente nos andares superiores dos edifícios, trazendo mais uma vez temor aos moradores. Os relatos foram que muitos saíram para as ruas e até o prefeito de Pozzuoli, Luigi Manzoni, precisou percorreu a cidade para tranquilizar os cidadãos. Nápoles vivenciou um terremoto mais forte de 4.2 magnitudes, em 27 de setembro de 2023, o mais forte em 40 anos nos Campos Flégreos, também após um enxame sísmico de pelo menos 60 tremores.
Já na próxima semana, uma escola municipal de Nápoles, também deve passar por em exercício inédito de evacuação. “O risco de uma evolução existe, teoricamente, para o futuro”, alertou o diretor do Observatório do Vesúvio, Mauro Di Vito. “Mas, neste momento, não há sinais de uma possível crise eruptiva." Apesar do susto, o Departamento de Proteção Civil não reportou qualquer dano após o aumento da atividade sísmica neste começo de semana, verificando inclusive várias estruturas públicas. Alguns novos sismos foram detectados nos Campos Flégreos nesta terça-feira, dia 16, pelo INGV, mas com menor frequência e magnitude máxima de 2.5.
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