Sexta-feira, 4 nov 2022 - 09h25
Por Maria Clara Machado
A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) acaba de lançar um alerta preocupante às vésperas da COP-27, que começa domingo, no Egito. Um terço das geleiras do Patrimônio Mundial da Unesco poderá derreter e desaparecer até o ano de 2050.
Imagem de parte da cadeia montanhosa de Dolimitas, na Itália, em julho de 2022, quando ocorreu um colapso durante uma onda de calor extremo. Crédito: Divulgação CNSAS O novo estudo destaca o derretimento acelerado de alguns blocos mundialmente conhecidos que estão ameaçados a desaparecerem nas próximas três décadas. A lista inclui regiões da África, Ásia, Europa, América Latina, América do Norte e Oceania, sendo que um terço dessas áreas corre risco iminente, independentemente dos esforços em frear o aumento das temperaturas no planeta. Estão na lista geleiras da região das Dolomitas, na Itália, dos parques Yellowstone e de Yosemite, nos Estados Unidos, no Kilimanjaro, na Tanzânia, e ainda geleiras próximas ao Monte Everest, picos altos no Alasca e os últimos glaciares restantes na África. Muitas vêm recuando em ritmo acelerado desde o ano 2000 em consequência do aumento global das temperaturas.
São 58 bilhões de toneladas de gelo perdidas a cada ano e que têm impacto direto ou indireto na biodiversidade de muitos ecossistemas, na disponibilidade de água para consumo humano, agricultura e geração de energia para a metade da humanidade e no aumento do nível dos oceanos. As consequências são pontuais e globais, alertam os especialistas em clima. A Conferência nas Nações Unidas para o Clima (COP-27) vai reunir 197 países e acontecerá em Sharm el-Sheikh, no Egito, entre os dias 6 e 18 de novembro. |
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