Sexta-feira, 8 set 2023 - 10h21
Por Maria Clara Machado
Depois de sofrer com os graves incêndios florestais nesta temporada, o verão de 2023 caminha para o término com chuvas torrenciais jamais vistas e inundações catastróficas em várias partes da Grécia. A responsável é a tempestade Daniel que despejou chuvas excepcionais sobre o país desde segunda-feira.
Zagora, no Monte Pelion, completamente debaixo d'água, após passagem da tempestade Daniel. Crédito: Divulgação via twitter @AphelionWeather A tempestade Daniel teve origem sobre o Mar Jônico, que banha a costa oeste da Grécia e atravessou o país, desencadeando enormes quantidades de chuva, que deixaram áreas inteiras debaixo d’água e provocaram deslizamentos de terra em várias cidades. As chuvas volumosas alcançaram partes da Bulgária e da Turquia, também provocando transbordamentos de rios, com um saldo total de 18 vítimas fatais nos três países até o momento.
Chuvas torrenciais sem precedentes atingiram a Grécia durante a passagem da tempestade Daniel. Crédito: Zagora, divulgação via twitter @AG_Journalist/@WxNB_ A quantidade de precipitação foi tão surpreendente que superou a média anual em Atenas, por exemplo, que é de 400 mm. Zagora, uma das aldeias mais conhecidas do Monte Pelion registrou 754 milímetros de chuva até a noite da terça-feira e no acumulado de três dias chegou a O METEO publicou em nota, que a quantidade de chuva surpreendente provocada pela tempestade Daniel entre os dias 4 e 7 de setembro, foi muito maior que o recorde anterior entre 17 e 20 de setembro em 2020 durante a passagem do ciclone Ianos. Maiores volumes de chuva comparativos entre o ciclone Ianos em 2020 e a tempestade Daniel em 2023. Crédito: Meteo.gr Entre as áreas mais castigadas nos últimos dias estão a ilha de Corfu e de Evia, a parte central da Grécia, o destino turístico do Monte Pelion e a capital Atenas. A força da água derrubou postes de eletricidade, arrastou carros, destruiu pontes e forçou a retirada de quase mil pessoas das moradias.
A planície da Tessália, na Grécia central, teve 70 mil hectares submersos durante as chuvas torrenciais da tempestade Daniel. Crédito: Divulgação via twitter @WxNB_ O novo evento climático extremo acontece juntamente ao anúncio da Organização Meteorológica Mundial (OMM) de que agosto terminou 1,5°C mais quente do que a média pré-industrial de 1850-1900. Com esse valor confirmado, o verão de 2023, no Hemisfério Norte, deve terminar como o mais quente já vivido pelo planeta Terra. |
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