Quinta-feira, 6 out 2022 - 17h30
Por Maria Clara Machado
O poderoso furacão Ian aterrissou na costa sudoeste da Península da Flórida no dia 28 de setembro, quando faltava pouco para atingir a categoria 5, a mais alta da escala de ventos. Ian atravessou a Flórida em direção à Carolina do Sul arrasando cidades com ventos devastadores e inundações catastróficas. As imagens de alta resolução capturadas por satélites a 700 quilômetros de altitude da Terra impressionam!
O olho do furacão Ian é capturado pelo satélite Lansat 8, da NASA, no dia 28 de setembro. Crédito: earthobservatory NASA O olho do furacão, isto é, a zona circular no centro da tempestade, não é a área mais temida da tormenta. Ao contrário, o olho do furacão é sinônimo de calmaria, mas sempre desperta curiosidade e imagens sensacionais. A imagem acima em cores naturais foi adquirida pelo Ladsat8, da NASA, quando o satélite passava exatamente em cima do olho de Ian, três horas antes de o furacão tocar o solo norte-americano por Cayo Costa. Imagem de satélite mostra o olho do furacão Ian muito próximo à costa sudoeste da Flórida e toda a banda de nuvens de tempestade sobre a região. Crédito: NASA Já na parede circular de nuvens, em torno do olho do um furacão, estão as áreas mais perigosas do fenômeno, que produzem as tempestades e os ventos intensos. Numa imagem de satélite completa de um furacão é possível ver a formação circular. São quilômetros de diâmetro de olho e da parede como um grande anel. Na imagem acima capturada pelo satélite GOES-16, da NOAA, é possível observar a posição do olho de Ian já muito próxima à Fort Myers no dia 28 e toda a enorme extensão de nuvens de tempestade em formato circular ao redor do centro do furacão. As nuvens se juntam à instabilidades ainda sobre Cuba e toda a Península da Flórida. Imagem detalhada da costa sudoeste da Flórida onde aconteceram marés de tempestade capturada pelo Sentinel-2 no dia 30. Crédito: ESA As rajadas de vento do furacão Ian atingiram 240 km/h em 28 de setembro e contribuíram para mover uma grande massa de água do oceano, formando as chamadas marés de tempestades que resultam em ondas catastróficas. O turbilhão na água ficou evidente na imagem detalhada e em cores naturais da costa sudoeste da Flórida, capturada pela missão Sentinel-2, da ESA no dia 30, mostrando os redemoinhos de sedimentos registrados quando Ian se aproximava da Flórida. A cor turquesa indica sedimentos que foram trazidos do fundo do mar e a cor marrom, mais perto da costa, sedimentos de terra provavelmente transportados pelos rios e escoamentos em direção ao oceano. Toda área entre Naples e Fort Myers está entre as mais atingidas pelo furacão Ian, com inundações que chegaram a 2 metros de altura. Imagens noturnas comparativas do sudoeste da Flórida mostram o antes e depois de áreas afetadas pela queda de energia elétrica após a chegada de Ian. Crédito: earthobservatory Nasa Após o furacão Ian entrar na Flórida, já era esperado que os ventos intensos causassem sérios à rede elétrica. As imagens noturnas comparativas com dados processados de um dia de agosto e de 30 setembro, depois da chegada de Ian, demonstram a extensão do apagão em regiões metropolitanas, como Fort Myers, Cape Coral e North Naples, na costa sudoeste da Península. Algumas estimativas que pelo menos 580 mil clientes residenciais e comerciais ficaram sem energia elétrica ao longo do primeiro fim de semana de outubro. O furacão Ian atravessou primeiramente o oeste de Cuba, antes de tocar o solo dos Estados Unidos duas vezes. Ian cruzou toda a Flórida em direção ao Atlântico e na sequência entrou na Carolina do Sul. Foi um dos furacões mais intensos a atingir a Península da Flórida comparado ao furacão Charlie, que também impactou a região com categoria 4 na temporada de 2004. O balanço das autoridades é de que Ian deixou mais de 100 mortos em sua passagem pelos Estados Unidos. |
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