Manaus enfrenta tempestade de areia depois de nova onda de fumaça prolongada

A capital do Amazonas ficou coberta por uma semana pela segunda onda de fumaça prolongada que se tornou mais densa no sábado. Ontem, os ventos fortes levantaram a poeira e uma tempestade de areia encobriu prédios em vários bairros das zonas oeste e centro-sul de Manaus, antes de uma forte pancada de chuva.

Manaus vive mais uma onda de fumaça prolongada e qualidade do ar péssima. Crédito: Alberto César Araújo/Amazônia Real/Fotos Públicas

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A fumaça que pairou no ar sobre Manaus deixou novamente a qualidade do ar em níveis considerados péssimos para a saúde humana durante vários dias. Esta é a segunda vez em cerca de um mês que a capital vive o problema.

O cenário de um céu cinzento e esbranquiçado pela fumaça, o sol escondido e grande redução de visibilidade em vários momentos predominou ao longo da última semana, além do incômodo com o cheiro de fumaça e da qualidade do ar prejudicada pela alta concentração de poluição.

Manaus já tinha vivenciado outra onda de fumaça de queimadas no início de outubro. Crédito: Alberto César Araújo/Amazônia Real/Fotos Públicas

O Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (SELVA), que tem sensores por várias partes da região metropolitana de Manaus, assim como no estado do Amazonas, registrou qualidade do ar péssima no sábado, principalmente na zona sul da capital.

Queimadas no Pará também afetam o ar no Amazonas
Durante toda a semana o ar ficou prejudicado pela fumaça proveniente de queimadas. As autoridades do Amazonas afirmam que a situação piorou em razão do aumento das queimadas no Pará e em menor incidência na região metropolitana de Manaus neste começo de mês.

Do dia primeiro até cinco de novembro, o Pará registrou 1916 focos de queimadas, de acordo com o monitoramento realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

O Pará também lidera o ranking do Brasil no número de queimadas nestes primeiros dias de novembro. Em segundo lugar está o Mato Grosso com 1036 focos e o Amazonas está em oitavo lugar com 116 focos, registrados por satélites.

O Amazonas está sob decreto de emergência ambiental desde setembro quando a situação piorou muito em relação aos incêndios nas matas, além da seca histórica dos rios, que se agravou em praticamente todo o estado nos últimos dois meses. O número de focos de queimadas no Amazonas em agosto, setembro e outubro ultrapassou 15 mil, segundo dados do INPE.

Qualidade do ar continua muito ruim
Tanta fumaça e poeira encobriram os prédios e ruas de parte de Manaus durante uma tempestade de areia no domingo à tarde. Imagens nas redes sociais mostraram o momento em que a poeira tomou conta de tudo:

Tempestade de areia é registrada em Manaus na tarde do domingo. Crédito: Divulgação via twitter @Liincolnribeiro/reprodução redes sociais

Rajadas de vento levantaram poeira em Manaus na tarde do domingo. Crédito: reprodução redes sociais

Segundo a meteorologia, a formação de nuvens de temporais e as rajadas de vento na formação da tempestade isolada sobre Manaus, acabaram levantando uma imensa nuvem de poeira.

A chuva forte caiu sobre a capital acompanhada de rajadas de vento e descargas elétricas, provocando inclusive queda de energia elétrica durante as provas do Enem.

Apesar do temporal do domingo, Manaus amanheceu com a qualidade do ar em níveis ruim e muito ruim de poluição nesta segunda-feira, dia 6, de acordo com o monitoramento do SELVA.

A concentração de MP2.5 (µg/m3) está variando entre 60 a 93, mas no sábado o índice chegou a 600 na zona sul e variou entre 200 e 400 na zona leste de Manaus.

Qualidade do ar continua prejudicada em Manaus na manhã desta segunda-feira, dia 6 de novembro. Crédito: SELVA

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