Segunda-feira, 19 fev 2024 - 09h41
Por Maria Clara Machado
Uma depressão subtropical vinha sendo monitorada pela Marinha do Brasil em alto mar, na altura da Região Sudeste, desde sexta-feira. O sistema se deslocou sobre o Atlântico Sul e evoluiu durante o fim de semana e agora, é uma tempestade tropical, batizada de Akará.
Mapa mostra projeção dos ventos em baixa superfície na área de atuação da tempestade tropical Akará em 19 de fevereiro de 2024. Crédito: Modelo GFS/WINDY
Akará se intensificou na virada de domingo para a madrugada desta segunda-feira e está se movendo com direção sudoeste, produzindo ventos máximos na faixa de 64 km/h a 74 km/h, no setor sudoeste do ciclone. Há aviso para mar grosso com ondas de 3 a 4 metros de altura em alto mar, afetando a área oceânica entre Santa Catarina e o Rio de Janeiro. Imagem de satélite mostra a tempestade tropical Akará, ao largo do Sul do Brasil, na manhã de 19 de fevereiro de 2024. Crédito: GOES-East/NOAA Entretanto, não há alertas associados à tempestade para as áreas costeiras do Brasil. Todos os modelos meteorológicos indicam a trajetória de Akará ao largo do Sul do Brasil, permanecendo em mar aberto, ou seja, na área oceânica. A Marinha do Brasil prevê que Akará deva atuar sobre as águas do Atlântico Sul pelo menos até a manhã da terça-feira, dia 20. É esperada uma intensificação dos ventos na área da tempestade, com rajadas de até 83 km/h. O centro da tempestade tropical Akará está afastado da costa do Brasil e os impactos estão restritos ao mar aberto. Crédito: Modelo GFS/WINDY
Primeiramente, o centro de baixa pressão atmosférica foi uma depressão subtropical, depois evoluiu para uma depressão tropical no domingo, para na sequência atingir a categoria de tempestade tropical, uma antes de um furacão. Pela escala de ventos Saffir-Simpson, utilizada para classificar os ciclones no mar, uma tempestade tropical só virá um furacão quando os ventos máximos sustentados atingem 119 km/h. Carta sinótica indica o valor de pressão e a posição da tempestade tropical Akará no início de 19 de fevereiro de 2024. Crédito: Marinha do Brasil A Marinha do Brasil é o órgão oficial que nomeia os ciclones subtropicais e tropicais na costa brasileira e a lista é composta por nomes de origem Tupi Guarani. Akará é uma espécie de peixe em tupi. O Brasil teve até hoje pelo menos três tempestades tropicais nomeadas pela Marinha e o fenômeno ainda é considerado raro em nossas águas pelos órgão de meteorologia. O furacão Catarina, o único do Brasil, evoluiu a partir de uma tempestade tropical em 2004, a tempestade tropical Anita foi acompanhada e estudada por institutos de meteorologia em 2010 e a tempestade tropical Iba se formou em março de 2021. Antes de Akará, Yakecan foi o último ciclone atípico, uma tempestade subtropical, nomeado oficialmente pela Marinha do Brasil em 16 de maio de 2022. |
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