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Segunda-feira, 11 dez 2023 - 09h19
Por Maria Clara Machado

Mina entra em colapso parcial em Maceió e Defesa Civil fala em possível acomodação

A Defesa Civil e a Prefeitura de Maceió divulgaram oficialmente que a área da mina18, da Braskem, localizada no bairro do Mutange, colapsou no início da tarde do domingo, dia 10, com um desmoronamento pontual percebido num trecho da lagoa Mundaú. Os técnicos monitoram constantemente a região e afirmam que a situação é considerada estável no momento.

Câmera de vigilância flagra o momento em que a água é sugada em uma parte da Lagoa Mundaú, quando aconteceu o desmoronamento parcial da mina 18 em 10 de dezembro. Crédito: Reprodução/Divulgação Prefeitura de Maceió
Câmera de vigilância flagra o momento em que a água é sugada em uma parte da Lagoa Mundaú, quando aconteceu o desmoronamento parcial da mina 18 em 10 de dezembro. Crédito: Reprodução/Divulgação Prefeitura de Maceió

Cinco bairros sofrem com o afundamento do solo em decorrência das atividades de extração de sal-gema da Braskem ocorrida entre os anos de 1970 e 2019. Pelo menos 60 mil pessoas foram afetadas com 14 mil imóveis evacuados desde 2018.

Tremores de terra começaram a aumentar no final de novembro na região da Lagoa Mundaú, onde está a mina18, e acenderam o alerta máximo para a instabilidade do solo e deslocamentos expressivos, o que obrigou nova evacuação de pelo menos cinco mil pessoas de cinco bairros de Maceió, margeados pela lagoa.

O solo da mina18 afundou 2,35 metros nos últimos dez dias. O ritmo tinha diminuído no começo da semana passada, mas depois voltou a aumentar. No sábado, o solo afundou mais 13 cm, um dia antes de colapsar.

Ontem, o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, e técnicos da Defesa Civil realizaram um sobrevoo na região para verificar os sinais do colapso.

Prefeito de Maceió, JHC, realiza sobrevoo sobre a Lagoa Mundaú, após colapso da mina18, na tarde do domingo. Crédito: Divulgação Prefeitura de Maceió/Filipe Valões/Secom Maceió
Prefeito de Maceió, JHC, realiza sobrevoo sobre a Lagoa Mundaú, após colapso da mina18, na tarde do domingo. Crédito: Divulgação Prefeitura de Maceió/Filipe Valões/Secom Maceió

A Defesa Civil afirmou que o desmoronamento foi pontual e há agora uma tendência de estabilização. Ainda segundo o órgão, as outras 34 minas não sofreram uma reação em cadeia e o monitoramento continua constante.

Amostras de água da Lagoa Mundaú serão coletadas a cada três dias para uma avaliação das possíveis consequências e o impacto ambiental, onde ocorreu o colapso.

Rompimento da mina 18 foi percebida num trecho da Lagoa Mundaú, no bairro do Mutange, em Maceió, na tarde do domingo. Crédito: Reprodução/Divulgação Prefeitura de Maceió
Rompimento da mina 18 foi percebida num trecho da Lagoa Mundaú, no bairro do Mutange, em Maceió, na tarde do domingo. Crédito: Reprodução/Divulgação Prefeitura de Maceió

Monitoramento segue constante
A Rede sismológica de monitoramento conta com 14 sensores em superfície e 12 em profundidade, além de outros equipamentos que analisam a movimentação do solo.

Um deles é o Sistema de Posicionamento Global Diferencial (DGPS), que consegue medir a movimentação do solo vertical e horizontal em 3D e em milímetros, em tempo real.

Apesar do processo de rompimento ter sido parcial e ocorrer uma estabilização no momento, ainda não se sabe ao certo o que pode acontecer, avaliam alguns especialistas.

A chuva dos últimos dias pode ter gerado mais peso na área, o que pode ter contribuído para acelerar o processo, mas até o momento não há risco que as outras minas tenham sido afetadas.

A Braskem trabalha com três cenários possíveis: um deles a acomodação natural do solo na região, outro um maior colapso, com um buraco maior e profundo, e por último, uma reação em cadeia, que poderia gerar mais buracos nas outras minas.

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