Sexta-feira, 21 jul 2023 - 16h50
Por Maria Clara Machado
A constatação de estarmos vivendo o mês mais quente globalmente de todos os tempos é aterrorizante e foi destaque em reunião da NASA com a imprensa na quinta-feira, dia 20. O conceituado climatologista Gavin Schmidt declarou que julho de 2023 caminha para ser o mês mais quente em “centenas ou milhares de anos”.
Incêndio consome mata na Floresta Nacional de Cleveland, na Califórnia. Crédito: Serviço Florestal dos EUA/Fotos Públicas Nas últimas semanas, ondas de calor vêm se repetindo em várias partes do Hemisfério Norte, incluindo os Estados Unidos, a Europa e a Ásia Central, resultando em temperaturas surpreendentes e jamais vistas. A China teve a temperatura mais alta da sua história com A temperatura chegou a 52,5°C na China em 16 de julho de 2023. Crédito: Divulgação Climate Change Institute/University of Maine As ondas de calor estão espalhando de novo grandes incêndios florestais e aumentando óbitos e problemas de saúde, como doenças cardiovasculares, respiratórias e outras, agravadas pelas temperaturas extremas. Em 2022, as ondas de calor mataram mais de 61 mil pessoas no verão europeu, segundo pesquisa e estimativas. A NASA alertou que vários recordes diários de temperatura já foram quebrados este mês, comprovados por ferramentas de monitoramento da União Europeia e da Universidade de Maine, nos Estados Unidos.
As previsões são preocupantes e as chances de 2023 se tornar o ano mais quente da história estão aumentando, além disso, o ano de 2024 poderá ser ainda mais tórrido, já que o pico do El Niño deve acontecer no final deste ano, o que vai contribuir para um maior aquecimento em várias partes do globo. Satélites da NOAA capturaram a intensa fumaça dos incêndios florestais canadenses à medida que se movia para o centro e leste dos EUA em 18 de julho. Crédito: NOAA
Os especialistas recomendam que todos devem ter atenção e se manter hidratados e se refrescando, seguindo os alertas locais de níveis de calor extremo próximo ou acima de 40°C. A OMM da Europa chama a atenção ainda para a necessidade de se adaptar à “nova realidade” do clima extremo. Os serviços meteorológicos estão observando a tendência da quebra de novos recordes nacionais. A onda de calor no Hemisfério Norte está elevando as temperaturas acima de 40º C em áreas como América do Norte, Ásia, Norte da África e Mediterrâneo esta semana. Em algumas áreas, por exemplo, a temperatura pode beirar 30°C à noite, situação considerada perigosa à saúde porque o corpo não tem tempo de se recuperar do calor contínuo. De acordo com os dados da ONU, o recorde de temperatura máxima global é 56,7°C no Vale da Morte, na Califórnia em julho de 1913. Simultaneamente, episódios extremos de inundações também estão sendo observados na Coreia do Sul, no Japão e no nordeste dos Estados Unidos. |
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