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Sexta-feira, 25 nov 2022 - 12h01
Por Maria Clara Machado

NOAA-21 captura primeiras imagens e vai ajudar na previsão de eventos climáticos

A NOAA, preocupada cada vez mais em aperfeiçoar a previsão de eventos climáticos extremos, começou a receber com sucesso as primeiras imagens da atmosfera terrestre vindas do seu mais novo satélite JPSS-2. O satélite, já renomeado no espaço para NOAA-21, foi lançado há cerca de duas semanas.

Imagem artística do satélite NOAA-21 no espaço. Crédito: Divulgação NOAA
Imagem artística do satélite NOAA-21 no espaço. Crédito: Divulgação NOAA

O lançamento do NOAA-21 foi feito a bordo do foguete Atlas-V/401, pela ULA (United Launch Alliance), direto da Base militar da Força Aérea de Vandenberg, localizada no sul da Califórnia, em 10 de novembro.

Em órbita da terra, o satélite está enviando as primeiras imagens que devem ser disponibilizadas ao público geral em breve.

Lançamento do satélite JPSS-2, renomeado posteriormente para NOAA-21 no espaço, que aconteceu em 10 de novembro no sul da Califórnia. Crédito: ULA
Lançamento do satélite JPSS-2, renomeado posteriormente para NOAA-21 no espaço, que aconteceu em 10 de novembro no sul da Califórnia. Crédito: ULA

Imagens avançadas
A primeira imagem do NOAA-21 capturada pelo instrumento ATMS a bordo do satélite, foi fornecida na última terça-feira dia 22 de novembro, e mostrou o estado de vapor de água da atmosfera de maneira global.

Na imagem abaixo, o vermelho indica pouco vapor de água enquanto o azul revela vapor de água mais abundante. Já o azul escuro na região polar indica concentração de neve e gelo na superfície.

Imagem capturada em 22 de novembro pelo NOAA-21 mostra o vapor de água disponível no momento na atmosfera. Crédito: NOAA
Imagem capturada em 22 de novembro pelo NOAA-21 mostra o vapor de água disponível no momento na atmosfera. Crédito: NOAA

O diferencial do instrumento ATMS é que consegue fornecer aos meteorologistas imagens em 3D da temperatura e da umidade da atmosfera terrestre, dados fundamentais para a geração dos modelos climáticos, possibilitando previsões meteorológicas de extremos com dias de antecedência.

O NOAA-21 terá uma vida útil de no mínimo sete anos em órbita terrestre com instrumentos de alta tecnologia e a missão de estudar alterações climáticas globais, incluindo temperatura atmosférica, umidade, temperatura da superfície dos oceanos, níveis de ozônio, produtividade biológica dos solos, entre outras analises.

O VIIRS, outro instrumento que integra o satélite NOAA-21, fornece imagens em infravermelho de furacões, dados de cobertura de gelo e neve, além de outras informações de nuvens, poeiras e mapeamento de focos de incêndios florestais.

"A necessidade de satélites avançados para prever com precisão o tempo e o clima nunca foi tão grande", declarou Michael C. Morgan, Ph.D e da área de previsão ambiental da NOAA.

“Com o aumento constante no número de desastres de bilhões de dólares, a NOAA continua comprometida em colocar a melhor tecnologia no espaço que leva a previsões mais confiáveis e oportunas”, acrescentou Morgan.

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Grande projeto!
O JPSS-2 (Joint Polar Satellite System-2) é o terceiro de uma série de cinco satélites de órbita polar, que se junta aos seus antecessores, Suomi NPP e NOAA-20, que circulam o globo 14 vezes por dia gerando um fluxo contínuo de dados meteorológicos e das alterações climáticas da terra.

“A NOAA está operando a frota mais avançada de satélites meteorológicos do mundo”, também ressaltou Steve Volz, Ph.D, diretor do Serviço de Informação e Satélite da NOAA.

O objetivo final é de dar as condições para uma melhor preparação dos alertas frente aos eventos extremos do clima.

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