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Sexta-feira, 10 nov 2023 - 10h53
Por Maria Clara Machado

NOAA atualiza previsão para grande chance do El Niño continuar até junho de 2024

O mais recente boletim da NOAA, divulgado em 9 de novembro, prevê que o fenômeno El Niño continue durante os meses da primavera no Hemisfério Norte e do outono no Hemisfério Sul em 2024, influenciado as temperaturas e o regime de chuvas globalmente.

Anomalias médias da superfície do mar observadas na semana do dia primeiro de novembro de 2023. Crédito: NOAA
Anomalias médias da superfície do mar observadas na semana do dia primeiro de novembro de 2023. Crédito: NOAA

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As temperaturas acima da média em todo o oceano Pacífico equatorial e anomalias aumentando no Pacífico central e centro-leste indicam o cenário de um El Niño forte.

A probabilidade é de 100% a quase 90% do El Niño se estender até pelo menos maio de 2024. Já no trimestre abril, maio e junho, a chance é de 62% do fenômeno continuar, segundo as projeções da NOAA.

Somente a partir do meio do ano de 2024, começa a predominar uma tendência de neutralidade nas projeções.

Ainda de acordo com as discussões do Centro de Previsão de Clima da NOAA, há mais de 55% de chance de um El Niño forte persistir entre janeiro e março do ano que vem e de 35% de vivenciarmos um evento “historicamente forte” no trimestre novembro-janeiro.

Gráfico mostra a probabilidade do fenômeno El Niño persistir nos próximos trimestres. Crédito: NOAA
Gráfico mostra a probabilidade do fenômeno El Niño persistir nos próximos trimestres. Crédito: NOAA

El Niño e os Eventos Extremos
A NOAA ressalta que eventos mais fortes de El Niño aumentam a probabilidade das anomalias climáticas relacionadas ao aquecimento das águas do Pacífico.

O El Niño acontece em média a cada dois a sete anos e em geral tem duração de nove a doze meses, ocorrendo um aquecimento natural da superfície do oceano Pacífico tropical e oriental. No entanto, o agravante é que o retorno do El Niño está acontecendo num contexto do aumento desenfreado das temperaturas globais provocado por atividades humanas.

A Organização Meteorológica Mundial fez novo alerta esta semana para mais um recorde do outubro mais quente da história. Ao que tudo indica 2023 será o ano mais quente de todos os tempos, ultrapassando o ano de 2016, o recorde atual.

2016 sofreu com um El Niño extremamente forte associado às mudanças climáticas.

Os impactos do El Niño na temperatura global costumam ainda aparecer no ano seguinte ao seu desenvolvimento. Assim, 2024 deve continuar muito quente, ou até mais quente do que o ano de 2023.

A OMM alerta para a continuidade de eventos como ondas de calor extremo, secas, incêndios florestais, chuvas fortes e inundações intensificados pela presença do El Niño num contexto de alta emissão de gases poluentes na atmosfera.

As discussões da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) são avaliadas mês a mês e a próxima atualização sobre o El Niño deve ocorrer em meados de dezembro.

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