NOAA indica tendência de neutralidade nas águas do Pacífico a partir de abril

A chance é alta de o fenômeno El Niño dar lugar à condição de neutralidade nas águas do Pacífico central e leste a partir do mês de abril, de acordo com as últimas projeções da NOAA. O cenário de transição deve ocorrer antes do final do primeiro semestre de 2024.

Anomalias médias da temperatura da superfície do mar para a semana do dia 3 de janeiro de 2024. Crédito: NOAA

Você também pode se interessar por nossos Podcasts!

La Niña pode retornar no segundo semestre do ano
O boletim de clima divulgado pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) em 11 de janeiro indica 73% de chance da condição de neutralidade no Pacífico aparecer durante o trimestre abril-junho, no outono de 2024.

Até lá o El Niño deve continuar dominante, influenciando o clima global. Segundo a NOAA, as temperaturas da superfície do mar (TSM) permaneceram acima da média em todo o Pacífico equatorial, com as maiores anomalias observadas na parte central e centro-leste do oceano nas últimas semanas.

Outros fatores analisados como as temperaturas abaixo da superfície do oceano e as anomalias de vento em níveis baixos e superiores da atmosfera, demonstraram ainda a presença de um El Niño forte e maduro entre dezembro e a primeira quinzena de janeiro.

Projeções da NOAA indicam situação de neutralidade a partir de abril e o reaparecimento do La Niña no segundo semestre deste ano. Crédito: NOAA

A equipe de previsão da NOAA também aumentou as chances do retorno do fenômeno La Niña na sequência do período de neutralidade, aparecendo com mais clareza no segundo semestre de 2024. As características do oceano no La niña são opostas e as águas do Pacífico central e leste vão apresentar um resfriamento acima da média.

As novas discussões do Serviço Meteorológico Nacional da NOAA, assim como as atualizações das projeções dos próximos trimestres, deverão ocorrer no dia 8 de fevereiro.

Acesse também:

Serviço europeu Copernicus confirma que 2023 é o ano mais quente da história