Quinta-feira, 11 mai 2023 - 16h54
Por Maria Clara Machado
A nova atualização do boletim mensal da NOAA aumentou a chance do fenômeno El Niño se estabelecer e persistir durante todo o segundo semestre de 2023. Segundo a nova projeção, a chance é de 90% do El Niño continuar no verão do Hemisfério Sul e inverno do Hemisfério Norte.
Mapa mostra anomalia da temperatura da superfície do mar em 3 de maio. Existe um super aquecimento das águas costeiras do Equador e do Peru. Crédito: NOAA As informações atualizadas pela Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos esta quinta-feira, dia 11, são de que as temperaturas ficaram acima da média da superfície do mar, ligeiramente para o oeste e até o centro-leste do Oceano Pacífico equatorial, durante o mês de abril, indicando sinais de El Niño em sua forma clássica à vista, com efeitos globais no clima. O aquecimento perto da costa da América do Sul também continua impressionante, relata o boletim da NOAA. O El Niño costeiro muito forte já atua há mais de dois meses no Equador e no Peru e ajudou a potencializar a temporada de chuvas, sendo esta a maior em 15 anos com graves inundações, deslizamentos e alto número de vítimas. Os modelos de clima mais recentes indicam que o El Niño se formará durante o trimestre maio, junho e julho e deve persistir no verão, no Hemisfério Sul, e no inverno, no Hemisfério Norte. Pelas projeções da NOA, o fenômeno El Niño em sua forma clássica, estará atuando já nas próximas semanas e deve dominar o clima dos próximos trimestres até pelo menos fevereiro de 2024. Gráfico mostra a projeção e a chance de El Niño para os próximos trimestres do ano de 2023 e início de 2024. Crédito: NOAA Parâmetros relacionados aos ventos e ao calor oceânico estão indicando um El Niño significativo. A chance atual é 80% de um El Niño pelo menos moderado e de 55% de um El Niño forte. A próxima discussão da NOAA está prevista para 8 de junho de 2023.
Outra preocupação é com eventos de secas severas e aumento das chuvas em diferentes partes do mundo, potencializados pelo efeito El Niño. Anos de El Niño costumam aumentar a seca na Austrália, na Indonésia e em partes do sul da Ásia e por outro lado, aumentar a chuva em áreas do sul da América do Sul, sul dos Estados Unidos, no Cifre da África e na Ásia Central, entre outras regiões do globo terrestre. |
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