Quinta-feira, 16 mai 2024 - 09h04
Por Maria Clara Machado
O nível do Guaíba sinaliza uma lenta melhora e voltou a ficar abaixo dos 5 metros em Porto Alegre, após a nova elevação ocorrida em razão da chuva forte esta semana. É o primeiro dia que o Lago recua desde a segunda-feira. Apesar da queda, as águas continuam muito altas e a região metropolitana já completou duas semanas de inundações.
Porto Alegre e região metropolitana continuam tomadas pelas enchentes. Crédito: foto dia 14 de maio/Mauricio Tonetto/Secom/Fotos Públicas
O nível do Lago Guaíba teve o pico de 5,33 metros no dia 6, após as chuvas torrenciais que atingiram o Rio Grande do Sul na virada de abril para maio. A marca estabeleceu a maior cheia do Guaíba em Porto Alegre, superando a grande enchente de 1941. Com a trégua da chuva no meio da semana passada, o rio começou a baixar lentamente e teve o melhor marca de 4,56 metros em 11 de maio. Entretanto, voltou a chover forte sobre as bacias hidrográficas da região no fim de semana, o que fez o Guaíba subir novamente para 5 metros em três dias. O gráfico divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil mostra a curva das elevações do Guaíba em Porto Alegre desde o começo de maio. A cota de inundação na capital é de 3 metros e de alerta para enchente é de 2,5 metros: Crédito: Serviço Geológico do Brasil
A meteorologia indica aumento da instabilidade e chuva moderada à forte entre hoje e a sexta-feira, principalmente na Metade Norte do estado. A MetSul prevê volumes entre 50 mm a 100 mm para o norte e nordeste gaúcho, incluindo a região serrana. O Rio Grande do Sul também sente a acentuada queda nas temperaturas provocadas por uma massa de ar frio. Em inúmeras cidades da Grande Porto Alegre e da região dos Vales, as temperaturas ficaram abaixo dos 10C°C e no interior gaúcho beirou o 0°C esta manhã.
Assim como agora, as águas baixaram muito lentamente, escoando pela Lagoa dos Patos em direção ao oceano Atlântico. Os rios afluentes que deságuam no Lago Guaíba ainda permanecem em cota de atenção e inundação por conta dos altos volumes de chuva, recebidos desde o começo do mês. Além disso, fatores como a chuva forte e a direção dos ventos também são determinantes para o rumo das águas do Guaíba. O cenário atual ainda é muito crítico em Porto Alegre e cidades da região metropolitana, como Canoas, com bairros alagados e casas debaixo d’água. Cerca de 13 mil pessoas estão em abrigos na capital. Arena do Grêmio continua inundada em Porto Alegre. Crédito: foto dia 14 de maio/ Mauricio Tonetto/Secom/Fotos Públicas Região do Aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre na manhã de 15 de maio. Crédito: Mauricio Tonetto/Secom/Fotos Públicas Imagens de satélites adquiridas pelo Terra e Aqua, da NASA, mostram o grande contraste da região nos dias 20 de abril e 6 de maio, antes e depois das enchentes na Grande Porto Alegre. A água invadiu as margens dos rios Jacuí, Caí e Sinos, inundando Porto Alegre e muitas áreas dos Vales. O escoamento superficial com sedimentos suspensos é visível na mancha marrom, fluindo em direção à Lagoa dos Patos: Crédito: Earthobservatory/NASA
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