Quinta-feira, 7 dez 2023 - 11h01
Por Maria Clara Machado
O Serviço Copernicus, programa de observação da Terra, ligado à União Europeia, acaba de divulgar as temperaturas médias globais de novembro, que confirmam um novo recorde de calor no planeta pelo sexto mês consecutivo. Para os cientistas, o ano de 2023 já pode ser considerado o mais quente da história das medições meteorológicas, com valores muito preocupantes.
Anomalia da temperatura do ar em novembro de 2023 em relação à média de novembro no período 1991-2020. Crédito: Serviço de Alterações Climáticas Copernicus/ECMWF.
Além disso, novembro de 2023 fechou 0,85°C acima da média de todos os meses de novembro no período entre 1991 e 2020. A anomalia histórica de novembro foi extraordinária com uma média 1,75°C mais quente em relação à média dos meses de novembro do período pré-industrial (1850-1900). Os recordes de calor globais começaram em junho deste ano e foram sendo superados mês a mês. No meio do caminho, outro recorde alarmante foi observado. A temperatura média global superou os 2°C acima do período pré-industrial pontualmente em dois dias de novembro, atingindo recorde absoluto.
Gráfico mostra evolução das médias de temperaturas globais desde 1940. Crédito: Copernicus/ECMWF De janeiro a novembro de 2023, a temperatura média registrada no globo foi 1,46°C acima da média do período pré-industrial e supera a média do mesmo período de 2016, o topo do ranking de ano mais quente da história até o momento. Também no mês passado, a NOAA já indicava 99% de chance de 2023 terminar como o ano mais quente do planeta desde 1850, ou seja, dos últimos 173 anos. "Enquanto as concentrações de gases do efeito estufa continuarem a aumentar, não devemos esperar resultados diferentes dos observados este ano. As temperaturas continuarão a subir, tal como os efeitos das ondas de calor e das secas", declarou o diretor do Serviço Copernicus, Carlo Buontempo.
Imagem de divulgação abertura da COP28 em Dubai, nos Emirados Árabes. Crédito: KiaraWorth/Fotos Públicas As conclusões da OMM, ligada à ONU, reforçam os dados do Serviço Copernicus e indicam que 2023 deverá ter uma média de temperatura global 1,4°C acima dos níveis da era pré-industrial. Os valores indicados até agora pela OMM e o Copernicus, colocam o planeta muito perto do limite máximo de aquecimento de 1,5°C, estabelecido no Acordo de Paris de 2015. |
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