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Segunda-feira, 6 fev 2023 - 16h59
Por Maria Clara Machado

Onda de incêndios florestais no Chile é mais mortal em dez anos

A onda de incêndios florestais que se alastra pelo centro-sul do Chile desde a semana passada já consumiu até o momento 270 mil hectares de vegetação e fez 26 vítimas fatais, sendo considerada a série de focos mais mortal da última década no país. Ainda existem dezenas de incêndios que estão fora de controle.

Incêndios Florestais se agravaram nos últimos dias no Chile e governo decreta estado de catástrofe. Crédito: Divulgação pelo twitter @ilustrador
Incêndios Florestais se agravaram nos últimos dias no Chile e governo decreta estado de catástrofe. Crédito: Divulgação pelo twitter @ilustrador

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Além das 26 vítimas fatais, são mais de mil pessoas feridas e 1500 casas destruídas, segundo o balanço do Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres (Senapred), divulgado nesta segunda-feira, dia 6.

No total, 260 focos de incêndios florestais estavam ativos no fim de semana, dos quais 51 estão sendo combatidos. 140 focos foram controlados e o restante está na fase de observação e monitoramento em razão, principalmente das altas temperaturas, dos ventos fortes e da baixa umidade, condições que podem favorecer o ressurgimento de novos focos.

Ontem à noite, entretanto, 10 pessoas foram presas suspeitas de iniciarem parte dos incêndios.

Além das vítimas e de toda a destruição, os incêndios também já deixaram pelo menos 3300 desabrigados, que foram obrigados a abandonarem suas casas.

Clima severo e preocupante
Os trabalhos de combate às chamas com centenas de bombeiros continuam nas três regiões mais afetadas pelo fogo, que incluem La Araucanía, Ñuble e Biobío, localizadas entre 400 a 700 quilômetros ao sul de Santiago, grandes áreas de intensa atividade agrícola e que estão sob estado de catástrofe decretado pelo governo federal na sexta-feira.

Imagem de satélite mostra fumaça e focos de incêndios espalhados na região de Concepción, a 500 quilômetros ao sul de Santiago, em 5 de fevereiro. Crédito: Worldview/Nasa
Imagem de satélite mostra fumaça e focos de incêndios espalhados na região de Concepción, a 500 quilômetros ao sul de Santiago, em 5 de fevereiro. Crédito: Worldview/Nasa

As autoridades chilenas começar a receber apoio internacional e reforçam que fatores como as temperaturas extremas, a vegetação extremamente seca após o inverno e os ventos fortes continuam preocupando bastante.

A atual onda de incêndios trouxe a memória dos graves incêndios florestais de 2017, que deixaram 11 mortos e devastaram 467 mil hectares.

“As condições climáticas agora são muito mais complexas do que as que tivemos em 2017 “, afirmou em entrevista Rodrigo Jara, diretor regional da Corporação Nacional Florestal do Chile (CONAF).

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