Quinta-feira, 31 mar 2022 - 14h36
Por Maria Clara Machado
Dezenas de focos de incêndios florestais se alastram desde meados de março e já devastaram milhares de hectares de mata e forçaram a evacuação também de milhares de pessoas dos estados do Texas, Colorado, Califórnia, Oklahoma e Arkansas, nos Estados Unidos.
Fogo queima em mata do Texas, um dos estados mais atingidos pela onda de incêndios no sul dos EUA este mês. Crédito: Cortesia Early Police Departament Condições extremas como o tempo seco e ventos fortes aliados à vegetação muito seca acabaram por impulsionar e alastrar o fogo e a fumaça, que atingiram áreas de floresta e campos agrícolas dos estados.
Os incêndios do Complexo de Crittenberg estão 95% contidos e em Fort Hood 80%, informou ontem a Gerência de Emergências do condado de Coryell. Foram mais de 133 mil metros quadrados queimados. O grande incêndio do Complexo Eastland, que somou sete eventos simultâneos, também está praticamente controlado, depois de ter queimado 218 mil metros quadrados. Aproximadamente 19 mil pessoas que tinham fugido do incêndio do NCAR Road que atingiu parte do Colorado foram autorizadas a voltarem para suas casas no último domingo a noite, dia 27. Entretanto, a situação é de vigilância, pois os bombeiros continuam lutando para extinguir completamente o fogo na região. 68% do incêndio estava controlado no começo da semana, segundo informações divulgadas pelo Escritório de Gerenciamento de Emergências de Boulder. Imagem de satélite capturada pelo Aqua, da NASA, no dia 20 de março, mostra pontos de calor que indicam os diversos focos de incêndios espalhados pelas planícies do sul dos Estados Unidos.
De acordo com o Monitor de Seca dos EUA, quase 75% do centro-sul do país enfrentam algum nível seca, sendo que 31% do território estavam sob condições de seca extrema ou excepcional, quando a onda de incêndio começou. 91% do Texas e 86% de Oklahoma, por exemplo, estavam em condição de seca no começo da segunda quinzena de março, antes de algumas tempestades e tornados atingirem a região. Uma pesquisa publicada em novembro do ano passado mostrou que a área devastada por incêndios florestais no oeste dos Estados Unidos, que incluí a Califórnia, dobrou no período de 1984-2000 e 2001-2018. Cientistas acreditam que no decorrer das décadas, a vegetação tem ficado mais suscetível a queimadas, ao mesmo tempo em que a atmosfera está mais propícia a sustentar o fogo. |
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