Sexta-feira, 26 mai 2023 - 09h19
Por Maria Clara Machado
A NOAA acaba de divulgar a previsão oficial para a temporada de furacões no Atlântico de 2023 e prevê um cenário muito perto da normalidade. O fenômeno El Niño, que vai atuar no Pacífico central e leste durante os próximos meses, deve frear a quantidade de tempestades na Bacia do Atlântico.
Imagem de satélite mostra o devastador furacão Ian chegando ao sudoeste da Flórida em 28 de setembro de 2022. Crédito: NOAA/GOES As perspectivas para este ano são positivas em relação às últimas temporadas, em que o número de tempestades tropicais ficou sucessivamente acima da média na Bacia do Atlântico norte. A temporada de furacões de 2020 bateu todos os recordes históricos com a formação de 30 tempestades.
A previsão é de 12 a 17 tempestades tropicais nomeadas, das quais 5 a 9 poderão virar furacões, incluindo até 4 grandes furacões, o chamado “Major Hurricane”. Projeção da NOAA para temporada de furacões no Atlântico de 2023. Crédito: NOAA Conheça a lista de nomes elaborada pela Organização Mundial Meteorológica (OMM) para as futuras tempestades tropicais de 2023: Lista de nomes das tempestades e furacões de 2023 elaborada pela Organização Meteorológica Mundial. Crédito: NOAA/OMM A NOAA afirmou ainda que há 70% de confiança nas projeções para este ano de 2023. A temporada de furacões no Atlântico começa oficialmente dia primeiro de junho e encerra 30 de novembro.
Como uma compensação, a presença do El Niño influencia positivamente a temporada de furacões. Especialistas explicam que embora o El Niño ocorra no oceano Pacífico, seus efeitos afetam a circulação de ventos de maneira geral, que por sua vez, acaba aumentando o cisalhamento dos ventos no Atlântico. O cisalhamento, também chamado de tesoura de vento, ocorre em geral em latitudes médias, definido como uma rápida variação na direção e velocidade de uma corrente de vento. Essa instabilidade atmosférica dificulta o desenvolvimento das tempestades tropicais e furacões. Por outro lado, as águas mais quentes alimentam a formação dos furacões, e isso deverá ser observado. Até o momento, as temperaturas da superfície do mar no Atlântico, Golfo do México e Mar do Caribe estão acima da média. Há um maior potencial para uma estação de monção acima do normal na África Ocidental, que produz as ondas de leste africanas e as condições para tempestades mais fortes e duradouras, além da temperatura da superfície do mar mais quente do que o normal no Atlântico norte e no Mar do Caribe, segundo a NOAA. Essa combinação de fatores deve, portanto, resultar numa atividade de furacões mais próxima da média este ano. Uma temporada média de furacões no Atlântico significa 14 tempestades nomeadas, sendo que 7 viram furacões, incluindo 3 grandes furacões. “Como vimos com o furacão Ian, basta um furacão para causar devastação generalizada e destruir vidas. Portanto, independentemente do número de tempestades previstas para esta temporada, é fundamental que todos entendam seu risco e prestem atenção às advertências das autoridades estaduais e locais. Quer você viva na costa ou no interior, os furacões podem causar sérios impactos a todos em seu caminho”, declarou Deanne Criswell, administradora da Agência Federal de Gerenciamento de Emergências (FEMA). |
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