Sexta-feira, 16 jun 2023 - 10h02
Por Maria Clara Machado
Muitas áreas do nordeste do Rio Grande do Sul e do sul de Santa Catarina foram atingidas por chuva volumosa e ventania durante a noite de ontem e esta madrugada. Rios transbordaram, árvores caíram, estradas estão interditadas e moradias alagadas. A meteorologia alertou para a piora nas condições do tempo em razão da formação de um ciclone extratopical próximo à costa de Santa Catarina.
Ventos intensos do ciclone extratropical chegaram a 100 km/h no Rio Grande do Sul e provocaram diversos danos. Crédito: Santo Antônio da Patrulha, divulgação redes sociais. Maquiné, na região serrana do Rio Grande do Sul, está entre as localidades com maior quantidade de chuva e tem 80% da cidade ilhada, após o transbordamento de rios, segundo a prefeitura. Ontem à noite cerca de 50 famílias precisaram sair às pressas das moradias e o prefeito chegou a fazer um apelo nas redes sociais para que todos saíssem imediatamente das áreas de risco. A situação também ficou muito crítica em Santo Antônio da Patrulha, na região metropolitana de Porto Alegre, assim como em outros municípios da área e a capital. Santo Antônio da Patrulha, na região metropolitana de Porto Alegre, está entre as cidades mais atingidas pela passagem do ciclone. Crédito: Divulgação via twitter @LitNoticias Hoje cedo, diversas quedas de árvores estão interrompendo o trânsito em Porto Alegre. Há também trechos de estradas interditados na região da Grande Porto Alegre e na Serra. Voos foram cancelados desde ontem no aeroporto Salgado Filho por causa dos ventos fortes do ciclone. Em todo o estado do Rio Grande do Sul cerca de 460 mil clientes estavam sem energia elétrica nas primeiras horas da manhã, sendo mais de 300 mil só na região metropolitana de Porto Alegre. Capão da Canoa, no litoral, teve um hospital completamente invadido pelas águas e os pacientes precisaram ser removidos. A água subiu muito em outras áreas no litoral norte gaúcho, como exemplo a cidade de Caraá. Hospital Santa Luzia, em Capão da Canoa, foi invadido pelas águas na noite do dia 15. Crédito: Divulgação via twitter @LitNoticias O sul de Santa Catarina, também em alerta máximo, sofreu graves danos com os temporais nas últimas horas. Há famílias desalojadas e as aulas estão suspensas nas redes municipais em pelo menos oito cidades.
Em vários bairros de Porto Alegre, os acumulados de chuva variaram entre 60 mm a 100 mm. A média de chuva para junho é de 130 mm na capital.Em São Leopoldo, na região metropolitana, o volume de chuva atingiu 246 mm nas últimas 24 horas, de acordo com a Defesa Civil. Toda a chuva torrencial veio acompanhada por fortes rajadas de vento, que atingiram valores entre 70 km/h e a mais de 100 km/h. A Defesa Civil confirmou até o momento uma vítima fatal em São Leopoldo e dois desaparecidos, um também em São Leopoldo e outro em Porão, região metropolitana de Porto Alegre.
Mapa mostra as áreas do RS e SC ainda em grande perigo para chuvas intensas e ventos fortes dia 16. Crédito: INMET/GoogleMaps Os volumes de chuva ainda poderão variar de 50 mm a mais de 100 mm nas próximas 24 horas, com ventos intensos de até 100 km/h principalmente nas áreas altas e na costa. O ciclone começa a perder a força de atuação no continente a partir do fim de semana e os ventos tendem a diminuir, segundo as previsões. Imagem de satélite mostra a formação do ciclone extratropical na altura do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, acompanhando uma frente fria dia 16. Crédito: INMET |
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