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Domingo, 11 jun 2023 - 10h42
Por Maria Clara Machado

Simulações mostram chegada de fumaça dos incêndios no Canadá à Noruega

Pesquisadores do Instituto Norueguês de Pesquisa Climática e Ambiental (NILU) analisaram modelos computacionais, que simularam o caminho da fumaça dos incêndios florestais no Canadá em direção à Europa. Dados de satélite já indicavam a chegada de fuligem no meio desta semana.

Nuvem se move sobre o Atlântico, do Canadá até a Noruega. A escala de cores indica a concentração de partículas, sendo a maior quantidade na cor amarela, sobre o Canadá e os EUA, e a menor no tom roxo, sobre a Noruega.  Crédito: NILU
Nuvem se move sobre o Atlântico, do Canadá até a Noruega. A escala de cores indica a concentração de partículas, sendo a maior quantidade na cor amarela, sobre o Canadá e os EUA, e a menor no tom roxo, sobre a Noruega. Crédito: NILU

Os primeiros sinais de que partículas dos incêndios do Canadá estariam chegando à Noruega foram detectados na quarta-feira, dia 7, captadas pelos instrumentos de monitoramento do NILU no observatório de Birkenes, no sul da Noruega.

Os pesquisadores realizaram mais simulações na tentativa de rastrear a fumaça e as partículas de fuligem até o dia 13 de junho.

Os cálculos demonstram, que enquanto as centenas de incêndios continuarem ativos no leste do Canadá, parte da fumaça e as partículas poderão ser transportadas pela atmosfera, alcançando a Noruega, e possivelmente, países mais ao sul da Europa nos próximos dias.

Os modelos mostram que um número menor de partículas ainda poderá alcançar o continente europeu no início da próxima semana. Por isso, a população norueguesa pode notar uma névoa fraca e até um cheiro de fumaça, mas a situação não deve trazer riscos à saúde ou danos ambientais por conta da baixa concentração de fuligem.

Simulação feita por modelo de clima indica particulas descendo da Noruega para outras áreas da Europa dia 11 de junho. Crédito: NILU
Simulação feita por modelo de clima indica particulas descendo da Noruega para outras áreas da Europa dia 11 de junho. Crédito: NILU

Simulação feita por modelo de clima mostra o caminho das partículas em 13 de junho. Crédito: NILU
Simulação feita por modelo de clima mostra o caminho das partículas em 13 de junho. Crédito: NILU

As simulações
Para realizar as simulações, os pesquisadores utilizaram dados criados com a ajuda de instrumentos de satélites, que revelaram a área exata e a intensidade dos incêndios florestais no Canadá. Assim, observaram a quantidade de emissão de fumaça e cinzas e altura na atmosfera.

Os cientistas modelaram a dispersão dessas emissões, utilizando um modelo atmosférico (FLEXPART) para calcular como o material se dispersa ainda mais na atmosfera. Esses dados foram cruzados com projeções de chuva, granizo e neve para dar o resultado final.

Nos próximos dias, os cientistas do NILU devem acompanhar atentamente o caminho da fumaça dos incêndios do Canadá e a quantidade de partículas sobre a Noruega e outras partes da Europa.

Esta semana muita fumaça dos incêndios florestais em Quebec, no Canadá, desceu em direção ao nordeste dos Estados Unidos, deixando vários estados norte-americanos em emergência de má qualidade do ar.

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