Sexta-feira, 3 mar 2023 - 11h05
Por Maria Clara Machado
As condições meteorológicas continuam desfavoráveis para o controle dos incêndios florestais no Chile, embora os focos estejam numa menor proporção em relação às últimas semanas. Em fevereiro as chamas de alastraram e saíram de controle numa das maiores ondas de incêndios florestais no país, consumindo 270 mil hectares de florestas.
Área de colheita devastada por incêndios no centro-sul do Chile. Crédito: Divulgação CONAF O Serviço Oficial de Meteorologia do Chile (MeteoChile) continua com avisos em vigor de altas temperaturas extremas nas regiões de Valparaíso e Bío Bío neste começo de março, depois do mês de fevereiro de 2023 ter ficado entre um dos mais quentes da história no centro e sul do Chile. Os avisos alertam para o uso do fogo nessa condição que aliado à baixa umidade, os ventos e a vegetação seca, pode sair facilmente de controle propagando os incêndios florestais. No começo de fevereiro 266 incêndios florestais estavam ativos no centro-sul do Chile e em duas semanas fizeram 25 vítimas fatais e centenas de feridos, a maioria na região de Bío Bío. As chamas destruíram mais de duas mil casas e afetaram diretamente mais de 7 mil pessoas, de acordo com Corporação Nacional de Florestas (Conaf), que monitora os incêndios florestais no país. A Conaf ainda afirmou que 25% dos focos foram intencionais. Bombeiros combatem focos de incêndio na região de Bío Bío, no Chile. A situação se agravou e o país recebeu ajuda internacional no mês passado. Crédito: Divulgação CONAF Bombeiros trabalhando em estratégias de combate ao fogo no Chile. Crédito: Divulgação CONAF A Corporação Madeireira do Chile (Corma), afirma que mais da metade das terras consumidas pelo fogo são de plantações de pequenos e médios proprietários florestais. Os números do Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres (Senapred), são ainda maiores e chegam num total de 458 mil hectares queimados pelo fogo na temporada atual. A condição climática agrava a situação dos incêndios, principalmente por causa dos ventos fortes, que propagam as chamas em meio a uma vegetação de seca prolongada, e as altas temperaturas. Durante o último fim de semana 21 incêndios florestais continuavam ativos no centro-sul do Chile, uma queda significativa em relação à grave situação enfrentada há três semanas, mas mantendo todas as atenções para o problema na região. |
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