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Terça-feira, 7 mar 2023 - 10h03
Por Maria Clara Machado

Sul do Brasil enfrenta ciclone extratropical, muita chuva e enchentes

O Rio Grande do Sul, Santa Catarina e o Paraná voltaram a enfrentar o tempo severo principalmente entre o domingo e a segunda-feira, durante a passagem de um sistema de baixa pressão atmosférica muito perto do continente. A chuva volumosa e a ventania provocaram alagamentos, inundações, enxurradas, destelhamentos e deslizamentos desde o fim de semana.

Estrada tomada pelas águas em Três Forquilhas, no nordeste gaúcho, dia 6 de março. Crédito: Corpo de Bombeiros
Estrada tomada pelas águas em Três Forquilhas, no nordeste gaúcho, dia 6 de março. Crédito: Corpo de Bombeiros

O litoral sul catarinense, região serrana, planalto sul e a Grande Florianópolis foram áreas que sofreram com os temporais e grandes estragos. A Defesa Civil já havia colocado todas estas áreas em alerta durante o fim de semana em razão do ciclone extratropical.

Houve registro de ventania acima de 100 km/h no litoral sul de Santa Catarina e a chuva passou dos 100 mm.

Uma cena assustou os moradores de Balneário Arroio do Silva, no sul catarinense, do final da tarde do sábado, dia 4. A força dos ventos levou a frente e parte do teto de um mercado.

Ventania derruba frente de um mercado em Balneário Arroio do Silva, no sul de Santa Catarina, no fim de semana. Crédito: imagem gravada por moradora/divulgação G1
Ventania derruba frente de um mercado em Balneário Arroio do Silva, no sul de Santa Catarina, no fim de semana. Crédito: imagem gravada por moradora/divulgação G1

A chuva volumosa deixou famílias isoladas em Urussanga, SC, na madrugada do dia 6 de março. Crédito: Corpo de Bombeiros
A chuva volumosa deixou famílias isoladas em Urussanga, SC, na madrugada do dia 6 de março. Crédito: Corpo de Bombeiros

Serra de Corupá atingida por deslizamento na segunda-feira. Crédito: Divulgação Defesa Civil de SC
Serra de Corupá atingida por deslizamento na segunda-feira. Crédito: Divulgação Defesa Civil de SC

Chuva extrema no RS!
O estado do Rio Grande do Sul, que vem amargando uma seca prolongada com 371 municípios em situação de emergência, cerca de 70% do estado gaúcho, recebeu volumes de chuva acima do normal neste começo de semana.

Os temporais já haviam começado no sábado sobre o nordeste gaúcho e a chuva veio mais forte por várias horas agravada pela presença do ciclone extratropical entre o domingo e a segunda-feira, dias 5 e 6.

O evento resultou em chuva extrema no litoral norte e em áreas da serra, próximas à costa, potencializada pelo relevo, provocando o transbordamento de rios e arroios, seguido por inundações, enchentes e deslizamentos de terra.

Entre os municípios mais afetados pelas inundações estão: Maquiné, Três Forquilhas, Morrinhos do Sul, Itati e Dom Pedro de Alcântara.

Ontem choveu o dia todo e até a noite os acumulados de chuva estavam 147 mm em Maquiné e mais de 130 mm em Irati e Três Forquilhas.

Em quatro dias, os volumes de chuva atingiram 175 mm em Torres, 162 mm em Três Cachoeiras e passaram de 200 mm em Riozinho, São Francisco de Paula e Rolante, de acordo com informações divulgadas pela MetSul.

Bandeirantes em calamidade pública
A situação foi grave no município de Bandeirantes, no norte do Paraná, onde a chuva intensa provocou o transbordamento de uma barragem no Ribeirão das Antas no domingo pela manhã. A enxurrada veio como um tsunami invadindo ruas e cerca de 200 casas. Bandeirantes registrou 150 mm de chuva no período de 24 horas, segundo a prefeitura e está em estado de calamidade pública.

Rompimento de barragem provoca enxurrada em Bandeirantes, no norte do Paraná e faz prefeitura decretar calamidade pública. Crédito: Allysson Silva/Emotion Films
Rompimento de barragem provoca enxurrada em Bandeirantes, no norte do Paraná e faz prefeitura decretar calamidade pública. Crédito: Allysson Silva/Emotion Films

Embora o municipío não esteja localizado perto da costa, acabou sendo influenciado por nuvens muito pesadas associadas à baixa pressão, que atuava no fim de semana.

Ciclone se afasta hoje
De acordo com a meteorologia, hoje o ciclone extratropical se afasta para o mar e perde a influência principal nas áreas costeiras e serranas do Sul do Brasil.

Ainda há áreas de instabilidade e chance de pancadas de chuva, porém mal distribuídas. A Defesa Civil lembra que o solo está encharcado e os rios cheios.

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