Sexta-feira, 21 mai 2021 - 15h05
Por Maria Clara Machado
O Centro de Previsão de Clima da NOAA acaba de divulgar as projeções para a nova temporada de furacões no Atlântico que começa oficialmente em primeiro de junho. Os especialistas prevêem outra temporada acima do normal para 2021, porém o número histórico de 30 tempestades tropicais observado no ano passado não deve se repetir.
O arrasador furacão Laura, que fez parte da temporada 2020, visto direto da Estação Espacial Internacional. Crédito: NASA/NOAA. Segundo a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), as chances são de 60% para uma temporada de furacões acima do normal, de 30% para uma temporada próxima ao normal e de apenas 10% para uma temporada abaixo da média. Assim, é provável que de 13 a 20 tempestades tropicais se formem sobre as águas do Atlântico norte, região do Mar do Caribe e do Golfo do México. Deste total, 6 ou 10 tempestades poderão evoluir para um furacão, sendo 3 a 5 grandes furacões, que são aqueles que superam a categoria 3 na escala de ventos Saffir-Simpson. Projeções para temporada de furacões no Atlântico de 2021. Crédito: NOAA
As últimas temporadas têm demonstrado que as tempestades tropicais estão se formando mais cedo, já no mês de maio, mostrando a necessidade de mudança do período oficial de uma temporada. Além disso, a média de tempestades e furacões de uma temporada sofreu atualização e passa a ser mais alta a partir deste ano. Baseado em estatísticas, agora uma temporada média de furacões produz 14 tempestades tropicais nomeadas, sendo que 7 podem se tornar furacões, incluindo 3 grandes furacões. Nomes escolhidos para nomear as tempestades tropicais de 2021 no Atlântico. Crédito: NOAA/NHC
Já no lado do Atlântico e no Mar do Caribe, as previsões são de temperaturas da superfície do mar mais quentes do que a média. Outros fatores como ventos alísios mais fracos e um aumento das monções na África Ocidental, são apontados pelos estudiosos na previsão da temporada de furacões este ano. Os cientistas da NOAA também continuam empenhados em saber como as mudanças climáticas vêm afetando a frequência e a intensidade dos fenômenos tropicais na região. O que mantém a preocupação dos cientistas não é exatamente a quantidade de tempestades e sim a intensidade. “Basta uma tempestade para devastar uma comunidade”, declarou Ben Friedman, administrador interino da NOAA. A NOAA divulgou que realizou diversas melhorias e atualizações de produtos, modelos meteorológicos e serviços que serão utilizados na previsão de furacões durante a temporada de 2021.
Furacão Douglas chegou a uma distância mínima da costa de Maui, no Havaí, em julho de 2020. Crédito: NASA/NOAA As chances são de 35% para uma atividade abaixo do normal e de apenas 20% para uma temporada acima do normal. Na prática são esperados de 2 a 5 fenômenos entre tempestades e furacões na região do Pacífico Central e não se sabe quantos deles poderão afetar o Havaí. Uma temporada média tem de 4 a 5 fenômenos. “Este ano provavelmente veremos menos atividade na região do Pacífico Central em comparação com as temporadas mais ativas”, afirmou Matthew Rosencrans, principal analista de furacões sazonais da NOAA. Isso novamente tem relação como a neutralidade do Pacífico central e oriental, onde os furacões se formam, já que o El Niño não estará presente este ano favorecendo o aumento da atividade. Em julho do ano passado, o furacão Douglas passou muito perto e quase tocou a costa do Havaí, algo que não acontecia em décadas. É comum tempestades tropicais e furacões se aproximem do Havaí, mas a maioria deles enfraquece antes de impactar às ilhas. Apenas dois furacões no passado foram capazes de tocar as ilhas: o furacão Dot em 1959 e o furacão Iniki em 1992. |
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