Sexta-feira, 1 dez 2023 - 11h51
Por Maria Clara Machado
A temporada de furacões de 2023 foi encerrada oficialmente no dia 30 de novembro com um balanço total de 19 tempestades tropicais e furacões nomeados do lado do Atlântico e 17 do lado do Pacífico. Segundo a NOAA, o número total de fenômenos coloca a temporada da Bacia do Atlântico em quarto lugar entre os anos com mais tempestades nomeadas desde 1950.
Imagem do furacão Idalia capturada a partir da Estação Espacial Internacional em 29 de agosto de 2023. Crédito: Earth Observatory/NASA
Uma temporada média tem 14 tempestades nomeadas, sete furacões e três grandes furacões. A NOAA previa inicialmente chance de 30% de uma temporada acima do normal e 40% de uma temporada dentro da média. Uma atualização da projeção da temporada foi divulgada em agosto pela NOAA, indicando a formação de mais tempestades do que o normal. Lista de nomes selecionados para a temporada de furacões do Atlântico de 2023 pela Organização Meteorológica Mundial. Crédito: NOAA/OMM/NHC A NOAA ressalta que a formação das tempestades acompanharam um cenário de temperaturas recordes da superfície do mar no Atlântico e de um forte El Niño no Pacífico. Mesmo com águas mais quentes do que o normal, apenas um furacão dos dez formados, atingiu a costa dos Estados Unidos em 2023. O destaque foi o furacão Idalia, que tocou o leste da Flórida, por Keaton Beach, na categoria 3, em 30 de agosto, causando inundações generalizadas na Península. Imagem de satélite mostra o grande furacão Idalia próximo à costa leste da Flórida em 29 de agosto de 2023. Crédito: Earth Observatory/NASA A tempestade tropical Ophelia atingiu a Carolina do Norte em 23 de setembro e também levou chuvas fortes e inundações significativas para o estado norte-americano. Outro destaque foi o furacão Lee, que viajou o Atlântico Norte e alcançou a Nova Escócia, no Canadá, em 16 de setembro, tocando o solo como um ciclone pós-tropical. Lee gerou ondas perigosas por toda a costa atlântica dos Estados Unidos. De acordo com o Centro de Previsão Climática da NOAA “a bacia do Atlântico produziu as tempestades com mais nomes do que qualquer ano influenciado pelo El Niño nos registros modernos”. “As temperaturas recordes no oceano Atlântico proporcionaram um forte contrapeso aos impactos tradicionais do El Niño”, afirmou Matthew Rosencrans, meteorologista da NOAA.
A temporada de 2023 no Pacífico se revelou ativa com 17 tempestades tropicais nomeadas, das quais 10 viraram furacões e 8 deles grandes furacões. O grande destaque foi o destruidor furacão Otis, que atingiu a costa de Acapulco, em Guerrero, no México, com categoria 5 e ventos catastróficos de 265 km/h em 25 de outubro. Furacão Otis a cerca de 330 km de Acapulco, no estado de Guerrero, em 24 de outubro de 2023. Crédito: Earth Observatory/NASA Otis não só bateu o recorde de furacão mais intenso a tocar o solo no leste do Pacífico, como colocou à prova as previsões para o fenômeno. Otis teve uma intensificação meteórica, evoluindo de uma tempestade tropical para um furacão categoria 5 em 24 horas, surpreendendo inclusive, os especialistas. Já na Bacia do Pacífico Central, o grande furacão Dora passou ao sul do Havaí com ventos na categoria 4, na escala Saffir-Simpson, no início de agosto. Embora não tenha tocado o solo do arquipélago, os ventos intensos de Dora, associados a outros fatores meteorológicos, impulsionaram incêndios devastadores e de rápida evolução no Havaí. Milhares tiveram moradias destruídas e precisaram evacuar a região. A NOAA comemora avanços nas coletas de dados mais precisos para as pesquisas de furacões e continua trabalhando para aperfeiçoar as previsões e alertas antecipados com o objetivo de proteger vidas. O Centro de Previsão Climática da NOAA deverá emitir a previsão sazonal de furacões para o ano que vem em maio de 2024.
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