Sexta-feira, 6 out 2023 - 09h40
Por Maria Clara Machado
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) e o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, órgão da União Europeia, confirmaram que o planeta terra acaba de vivenciar o mês de setembro mais quente da história. Os meses de agosto, julho e setembro bateram recordes sucessivos de calor, mostrando a piora na intensidade das alterações climáticas no globo.
Imagem ilustrativa Missoula, Montana, EUA. Pôr do sol em meio à fumaça de incêndios. Crédito: Jonathan Kamensky. divulgação instagram @wmo_omm/@jonathankamensky Os cientistas em clima vão além e observam que o ano de 2023 caminha para ser o mais quente, desde que se têm os registros meteorológicos, superando o ano de 2016, o primeiro do ranking até agora.
De acordo com os dados divulgados pelo serviço Copernicus, o mês teve uma temperatura média da superfície terrestre de 16,38°C, uma alta de 0,5°C em relação ao setembro mais quente anterior, ocorrido em 2020. Além disso, a temperatura do planeta em setembro ficou cerca de 1,75°C acima da média do período pré-industrial entre 1850 e 1900. Já a temperatura média da superfície do mar em setembro atingiu 20,92°C, também a mais alta já registrada para o mês e a segunda mais alta em todos os meses, atrás apenas de agosto de 2023. Segundo a agência, a sequência prolongada de aquecimento excepcional na superfície da terra e nos oceanos é ameaçadora e demonstra a velocidade com que os gases do efeito estufa estão mudando o clima global. Apesar do valor médio de temperatura registrado em setembro de 2023 exceder o limite de 1,5°C, estabelecido no Acordo Paris, isso não significa uma alta permanente, mas é visto como muito preocupante e alarmante. O Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus afirma que o fenômeno El Niño atuante este ano, está potencializando o aquecimento global causado pelas emissões de gases do efeito estufa. Com a presença do fenômeno até o início de 2024, as temperaturas recordes ainda poderão continuar por meses. O secretário-geral da OMM, Petteri Taalas declarou “que as anomalias de temperatura são enormes, muito maiores do que qualquer coisa que já vimos no passado”. |
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