Terça-feira, 6 dez 2022 - 10h13
Por Maria Clara Machado
A forte atividade do vulcão na ilha de Stromboli, no sul da Itália, no último domingo, foi repentina e chegou a provocar uma onda de tsunami. Dias antes a montanha vinha apresentando sinais de baixa atividade, segundo as observações do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia da Itália (INGV).
Vulcão na Ilha de Stromboli entrou em forte atividade no domingo, dia 4 de dezembro, lançando rochas e fluxos de lava em direção ao mar. Crédito: INGV O INGV relatou que uma onda de cerca de um metro e meio foi provocada na costa da ilha Stromboli após uma intensa atividade do vulcão durante à tarde. Sirenes de alerta chegaram a ser acionadas na ilha pelas autoridades, mas não houve registro de nenhuma vítima em decorrência da erupção do Stromboli. Escolas foram fechadas por precaução durante a segunda-feira.
Ainda na sequência, uma explosão mais intensa foi registrada na área centro-sul da cratera gerando pequenos colapsos de material em parte da borda do setor Norte. Os chamados fluxos piroclásticos, que misturam gás quente, cinzas e pedras lançados em alta velocidade numa erupção vulcânica, se espalharam durante a atividade do Stromboli até atingirem a costa do litoral por volta das 16h UTC criando, então, uma anomalia no nível do mar, constatada pelo monitoramento do Instituto italiano. Imagem aérea capturada pela Guarda Costeira da Itália mostra os fluxos piroclásticos encontrando o mar na Ilha Stromboli no dia 4 de dezembro. Crédito: Guarda Costeira da Itália
Já os parâmetros de observações sismológicas e de deformações do solo estavam dentro da normalidade. O fluxo de dióxido de enxofre (SO2) apresentava nível médio e o fluxo de gás carbônico (CO2) valores médios a altos. Ainda observações feitas por satélite mostraram uma atividade térmica na área do cume do vulcão considerada baixa no final de novembro. O vulcão Stromboli é um dos mais ativos da Itália e faz parte das sete ilhas Eólias, na região da Sicília. A montanha possui predominantemente erupções do tipo explosiva estromboliana com três crateras ativas. O início da sua atividade eruptiva é datada aproximadamente há 200 mil anos. |
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