Terça-feira, 19 mar 2024 - 09h37
Por Maria Clara Machado
Uma nova erupção vulcânica no sudoeste da Península de Reykjanes, na Islândia, está em curso e colocou a região em estado de emergência a partir da noite do sábado, dia 16. Esta é a quarta atividade do vulcão, desde o despertar em dezembro do ano passado.
O Departamento de Proteção Civil e Gestão de Emergências enviou um helicóptero para determinar a localização da nova fissura no fim de semana. Crédito: IMO O Gabinete Meteorológico da Islândia (IMO) transmitiu imagens de um fluxo brilhante de magma sendo expelido por uma nova fissura, além da fumaça do vulcão, quando a atividade recomeçou no fim de semana. Um helicóptero do Departamento de Proteção Civil e Gestão de Emergências sobrevoou a região e conseguiu detectar com maior precisão, que a nova fissura está perto da mesma área da última erupção em 8 de fevereiro. Segundo o IMO, a erupção se concentra em dois locais ao longo da fissura de quase 3 quilômetros. Uma parte da lava flui do extremo sul da fissura e segue em direção a diques, que foram construídos para proteger a pequena cidade de Grindavík, ameaçada pela atividade contínua do vulcão. Outra parte do magma flui para o oeste, onde está a famosa Lagoa Azul de águas termais, aos pés das montanhas. Atividade do vulcão na Islândia registrada em 18 de março. Crédito: divulgação via facebook.com/groups/icelandgeology Atividade do vulcão na Islândia registrada em 18 de março. Crédito: divulgação via facebook.com/groups/icelandgeology
Estão sendo observadas continuamente emissões de gases e fluxos de lava, assim como a presença de buracos acima das fissuras e movimento de falhas. Em outras zonas, o risco de perigo pela atividade do vulcão foi rebaixado. O IMO também relatou que existe um movimento muito lento do fluxo de lava em direção à estrada Suourstrandarvegur, que leva à cidade de Grindavík. A lava se encontrava a cerca de 300 metros da rodovia na segunda-feira, dia 18. Imagens de satélite ajudam a estimar a área afetada pela lava, que atingia quase 6 quilômetros quadrados no final do domingo. Um mapa mostra em vermelho as últimas localizações dos fluxos de lava na tarde do domingo. Em roxo, é possível observar até onde a lava avançou nos últimos três meses de erupções do vulcão: Crédito: IMO
Tanto a vila de Grindavík, como as e as instalações do local turístico Blue Lagoon, precisaram ser novamente evacuadas. Estrada que dá acesso à Grindavík com rachaduras em janeiro de 2024. Crédito: Administração Rodoviária da Islândia Outra grande preocupação é o impacto das erupções vulcânicas na usina de energia de Svartsengi, que fornece eletricidade e água quente para cerca de 30 mil pessoas na Península. As atividades da usina já têm acontecido remotamente, desde a primeira grande erupção em dezembro. A Islândia tem alta atividade vulcânica, com 33 vulcões ativos, o maior número na Europa. |
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