Quinta-feira, 10 set 2020 - 15h21
Por Maria Clara Machado
O pantanal está queimando em um ritmo avassalador desde agosto e o número atualizado do total de focos já ultrapassa a marca dos 12 mil, recorde no bioma desde que começaram as medições e o monitoramento pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em 1998.
Grande queimada no pantanal é registrada em 17 de agosto de 2020. Crédito: Foto Mayke Toscano/Secom-MT/Fotos Públicas. Dados divulgados diariamente pelo INPE indicam que foram registrados 5935 focos de calor no pantanal só no mês de agosto, quando as queimadas dispararam na região, durante o período mais seco do ano. O número de focos chega a 2414 nos dez primeiros dias deste mês de setembro. O total de incêndios e queimadas desde o começo do ano atinge o valor de Os anos de 2005 e 2002 também estão entre os piores em termos de focos de queimadas no pantanal. O total passou de 12400 em ambos os anos, mas ainda inferior ao que está se observando até agora em 2020. O fogo que continua castigando o pantanal já devastou Inúmeros animais e aves estão ameaçados pelo fogo que já consumiu 2,3 milhões de hectares do pantanal este ano. Crédito: Divulgação Governo de Mato Grosso do Sul.
Sabe-se que a falta de chuva, o calor intenso e ventos agravam a situação para a proliferação dos incêndios e da fumaça nesta época do ano, por isso apenas uma faísca pode gerar uma grande queimada. A grande maioria dos incêndios, seja intencional ou não, é causada pela ação humana. Os pesquisadores do CEMADEN alertam para o impacto do uso e a ocupação do solo com o crescimento de fazendas na região nos últimos anos. Outra grande influência no bioma é a destruição da Floresta Amazônica, que acaba trazendo consequência no regime de chuva do pantanal. |
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